domingo, 21 de novembro de 2010

Shotgun

O ganho de massa e de força muscular pode ser maximizado através da ingesta de alguns suplementos vendidos legalmente no Brasil. Entretanto, há um novo produto, ainda não disponível nas prateleiras das lojas especializadas, que vem ganhando notoriedade este ano: O Shotgun. Vou aqui resumir um estudo de 2009, publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition. O objetivo deste trabalho foi verificar se a musculação somada à utilização do Shotgun, seriam efetivos no ganho de massa e força musculares e se este suplemento teria efeitos adversos. O resultado foi positivo, ou seja, houve um significativo aumento, tanto da força quanto da massa muscular sem o aparecimento de efeitos colaterais. Nesse trabalho, 18 individuos não treinados realizaram um treinamento de musculação por 28 dias. Os mesmos foram divididos em 2 grupos de 9. Um utilizou o Shotgun e o outro um suplemento de carboidrato, sendo que eles não sabiam quem estava usando qual. O ganho de força e massa muscular foi significativamente maior no grupo que ingeriu o Shotgun.


Vou agora citar as principais substancias e explicar os possíveis motivos para que auxiliem na melhoria da performance.

Creatina – famoso ergogênico que, aumenta a força, por ser um combustível muscular para atividades de alta intensidade e proporciona um ganho muscular por vários fatores, dentre eles, a sua ação osmótica (retenção hídrica intra-muscular).

Arginina – aminoácido que estimula a produção de GH (hormônio do crescimento) e óxido nítrico. O oxido nítrico, alem de facilitar a troca de substancias entre o sangue e o músculo, devido a sua ação vasodilatadora, ativa as células satélites que, por sua vez, aumentam a síntese protéica.

Leucina – aminoácido que auxilia na síntese protéica.

Beta-alanina – potencializa a ação da creatina e diminui os efeitos deletérios do lactato

KIC – reduz a proteólise (catabolismo muscular)

Os autores não podem afirmar se os resultados obtidos são devido a uma das substâncias citadas acima ou a todas, agindo em sinergia. Com relação aos possíveis efeitos colaterais a médio e longo prazo, ainda se fazem necessárias novas pesquisas.

domingo, 7 de novembro de 2010

dosagem da creatina

Conhece a frase: de medico e monstro, todos temos um pouco? Pois é, com relação ao monstro, eu não posso dizer, mas é muito comum vermos pessoas, não habilitadas, “receitando” remédios. Estendendo um pouco esta frase, no meio das academias, muitos alunos e professores têm um pouco de nutricionista também. Não me excluo desta. Acontece que, com o crescimento da utilização da internet, as pessoas estão buscando informações indiscriminadamente. “Graças” a ela, quase todo mundo se tornou expert em quase tudo. A frase: “eu li na internet”, é uma das que mais ouço hoje em dia. Não nego que este meio de comunicação é excelente, mas temos que aprender a usá-lo, buscando as informações que desejamos, em sites sérios. Nas academias nas quais trabalho, me deparo, diariamente, com alunos comentando sobre suplementos e como utilizá-los. Com relação especificamente à Creatina, quase todos os alunos e professores comentam que a maneira correta de ingeri-la seria: 4 doses de 5 gramas por 5 dias, seguidos de 30 dias com uma dose única de 5 gramas. Os trabalhos que utilizaram esta dosagem são, em sua maioria, da década de 90. Alem disso, a maioria das pesquisas com Creatina, utilizou apenas a dosagem inicial, ou seja, os 5 primeiros dias, alcançando resultados semelhantes. Por algum motivo, acredito eu, comercial, apenas a primeira forma ficou conhecida do grande publico. Usando-se mais, compra-se mais.


Uma outra maneira de utilizar a Creatina, citada pelo International Society of Sports Nutrition de 2008, seria ingerir 0,1g por quilo do corpo, de maneira continua, sem um tempo pré-determinado para interromper sua ingesta.

Independente da dosagem utilizada para aumentar o estoque de Creatina intramuscular, o importante é saber filtrar as informações adquiridas, seja da internet, de uma revista, de um colega, ou do seu professor. Busque sempre a fonte original de tal informação, ou seja, o trabalho científico.