sábado, 7 de agosto de 2010

alongamento estático x dinâmico

Assim como na vida, na educação física as coisas acontecem em ciclos. Verdades absolutas vêm e vão. Algo que era, deixa de ser, para, depois, voltar a ser. Como o estudo do corpo humano não é uma ciência exata, essas verdades estão em constante estado de troca. Com a crescente utilização da tecnologia no estudo da ciência do treinamento, maior torna-se a velocidade dessas trocas de certezas. Um exemplo muito atual desta quebra de paradigmas é a melhor maneira de se prescrever o alongamento prévio a uma atividade com foco na performance. Outrora, esta prescrição era feita de forma dinâmica (balística) e, posteriormente, passou a ser estática. Até bem pouco tempo, o alongamento balístico era considerado lesivo devido às contrações sucessivas estimuladas pelo fuso muscular (reflexo miotático). Hoje em dia presenciamos, ainda que apenas na literatura, o ressurgimento do alongamento dinâmico. Este ressurgimento ainda se encontra em um estado quase que embrionário, devido à enorme barreira construída por décadas de exaltação do alongamento estático. Cabe ao profissional de educação física a disseminação deste “novo” conceito. O alongamento estático não é recomendável previamente a uma atividade desportiva devido ao seu efeito deletério na performance. Inúmeros autores já investigaram a redução da potencia e da força posteriormente a exercícios de alongamento, dentre eles pode-se citar: Kokkonen et al.(1998); Avela et al.(1999); Fletcher & Jones (2004). Já o alongamento dinâmico não carrega consigo estes efeitos indesejados para atletas e treinadores. Ele é capaz de preparar a musculatura para o esforço que virá a seguir, sem, com isso, mitigar a potencia e força, valências tão fundamentais na maioria dos esportes. Alem disso, o alongamento estático não pode ser considerado como uma forma de aquecimento, como bem comentou Rubini (2010). Devido a esta constante mudança de certezas, torna-se cada vez mais primordial a constante atualização dos profissionais ligados a saúde já que amanhã novos estudos poderão desmentir essas palavras recém escritas por este autor.

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